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Justiça 4.0 recebe delegações sul-americanas para intercâmbio técnico

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) receberam, em Brasília, delegações do Equador, Paraguai e Uruguai para um intercâmbio técnico sobre o Programa Justiça 4.0. 

Durante três dias, entre 27 e 29 de maio, os participantes conheceram de perto os avanços promovidos pelo Justiça 4.0, com destaque para a transformação digital do sistema de justiça brasileiro e o uso de tecnologias como inteligência artificial (IA), além de estratégias de capacitação, monitoramento, comunicação e gestão do conhecimento. 

A conselheira do CNJ Daniela Madeira destacou que iniciativas como o Justiça 4.0 priorizam a inovação na prestação jurisdicional e ampliam o acesso do cidadão à Justiça. “Estamos estimulando, cada vez mais, que os tribunais trabalhem em cooperação e compartilhem o que estão produzindo. Dentro desse ambiente de compartilhamento e cooperação, é muito importante que outros países saibam o que estamos fazendo, saibam que estamos de portas abertas para mostrar o que tem sido feito e para aprender o que é feito em outros locais”, afirmou. 

Para o representante residente do PNUD no Brasil, Claudio Providas, é importante reconhecer o trabalho do país, em termos de cooperação internacional, e o papel do Poder Judiciário no intercâmbio de experiências dentro de sistemas multilaterais. “É preciso olhar para a Justiça não como um setor, mas um motor de desenvolvimento socioeconômico e da democracia. E aí está o poder das ferramentas digitais e da Inteligência Artificial, que permitem a conexão do cidadão com o Estado, a exemplo do Justiça 4.0, que reforça que toda a infraestrutura digital pública tem o potencial de dar saltos qualitativos e quantitativos”.

Intercâmbio técnico  

A agenda da missão incluiu sessões técnicas para explicar as etapas de implementação do Justiça 4.0, os produtos de inteligência artificial desenvolvidos e os métodos de acompanhamento e monitoramento do Programa. Um dos pontos altos do encontro foi a apresentação do Portal Jus.br, que despertou grande interesse entre os participantes por sua proposta de integração nacional dos serviços do Judiciário em uma interface moderna e acessível. 

Para o juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do Justiça 4.0 Dorotheo Barbosa Neto, o encontro marcou um momento importante de reconhecimento. “Ver que as nossas iniciativas hoje são referência para países irmãos é a realização de um sonho que tínhamos no início do Programa. Essa troca é enriquecedora e nos mostra que estamos no caminho certo”, afirmou. Ele também lembrou que, embora a transformação digital esteja “em alta”, os desafios da infraestrutura e da mudança cultural são igualmente relevantes. “Muitas vezes, não se fala sobre as dores da preparação, mas é aí que mora o trabalho mais importante”, concluiu. 

O encerramento da missão foi marcado por reuniões técnicas e pela apresentação de outras iniciativas realizadas em parceria entre o CNJ e o Pnud no Brasil, como os programas Justiça Plural, Fazendo Justiça e InovaTJBA.

Programa Justiça 4.0     

Iniciado em 2020, o Programa Justiça 4.0 é fruto de um acordo de cooperação firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Seu objetivo é desenvolver e aprimorar soluções tecnológicas para tornar os serviços oferecidos pela Justiça brasileira mais eficientes, eficazes e acessíveis à população, além de otimizar a gestão processual para magistrados, servidores, advogados e outros atores do sistema de justiça.   

Texto: Bárbara Lima, Danielle Pereira, Jéssica Chiareli e Vanessa Beltrame
Edição: Ana Terra
Agência CNJ de Notícias 

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